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Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil - Livro


Muito provavelmente você vai concordar com as seguintes frases:
Santos Dumont inventou o avião.
A origem da feijoada é brasileira.
Zumbi dos Palmares teve uma vida que foi exemplo de luta contra a escravidão.

Mas, na verdade:
Quem inventou o avião foram os irmão Wright, americanos fabricantes de bicicletas que voaram antes e muito mais que Dumont.
E a feijoada se originou na França como um prato de nome cassoulet criado no século 14. Só chegou ao Brasil posteriormente através dos brasileiros mais endinheirados.
E Zumbi dos Palmares tinha escravos.

Agora se você é nacionalista e patriota pode até ter ficado ofendido quando leu que Santos Dumont não inventou o avião, que a feijoada não é brasileira ou que Zumbi tinha escravos, mas antes de julgar leia o livro "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil", de Leandro Narloch. Lá você vai entender com ótimas explicações e detalhes o porquê de tudo isso ser verdade. É claro que você também vai encontrar diversos outros temas.

Após a introdução, os capítulos do livro são e falam sobre, nessa ordem, de: Índios, Negros, Escritores, Samba, Guerra do Paraguai, Aleijadinho, Acre, Santos Dumont e Comunistas.

O autor, Leandro Narloch, é jornalista e já foi repórter da revista Veja e editor das revistas Superinteressante e Aventuras na História.

Opiniões impressas na contra-capa do livro:
"Um ótimo livro e fácil de ler. Uma singular heresia perdida em meio ao mar de unanimidades." Folha de São Paulo
"Contrapõe sólida bibliografia e farta documentação e algumas das maiores falcatruas que estão se perpetuando na nossa história oficial, pela ação do politicamente correto e da militância ideológica." O Globo
"É um livro divertido de ler. Mas é também um livro que presta um grande serviço ao pensamento crítico. É politicamente sincero e politicamente rigoroso." Bráulio Mantovani
"Não faz revisionismo, mas basicamente conta a história do Brasil de maneira simples e coerente. Algumas constatações, de tão óbvias, deixam claro o seguinte: a história oficial é a revisão. Excelente." Blog Gravataí Merengue
"A popularidade que o livro alcançou rapidamente mostra que muita gente estava esperando para ouvir uma versão menos polida da história do país." Gazeta do Povo
"É uma espécie de Freakonomics da história do Brasil, ou seja, derruba mitos populares sobre heróis e episódios marcantes do país, sem rodeios, contrariando opiniões que, ao longo do tempo, cristalizaram-se como verdades inquestionáveis." Livraria da Folha

Abaixo alguns trechos da introdução do livro:
"Existe um esquema tão repetido para contar a história de alguns países que basta misturar chavões, mudar datas, nomes de nações colonizadas, potências opressoras, e pronto. Você já pode passar em qualquer prova de história na escola e, na mesa de bar, dar uma de especialista em todas as nações da América do Sul, África e Ásia. As pessoas certamente concordarão com suas opiniões, os professores vão adorar as respostas.
(...)
No processo de fabricação de um espírito nacional é normal que se inventem tradições, heróis, mitos fundadores e histórias de chorar, que se jogue um brilho a mais em episódios que criam um passado em comum para todos os habitantes e provocam uma sensação de pertencimento. Se este país quer deixar de ser café com leite, um bom jeito de amadurecer é admitir que alguns dos heróis da nação eram picaretas ou pelo menos pessoas do seu tempo. E que a história nem sempre é fábula: não tem uma moral edificante no final e nem causas, consequências, vilões e vítimas facilmente reconhecíveis.
Por isso é hora de jogar tomates na historiografia popularmente correta. Este guia reúne histórias que vão diretamente contra ela. Só erros das vítimas e dos heróis da bondade; só as virtudes dos considerados vilões. Alguém poderá dizer que se trata do mesmo esforço dos historiadores militantes, só que na direção oposta. É verdade. Quer dizer, mais ou menos. Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação. Uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos."

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Comentários

  1. Sugestão interessante, e gostaria de acrescentar, que 1808 também seria uma ótima sugestão a ser explorada pelo blog, já que a obra de Laurentino Gomes, da Editora Planeta retrata de forma facinante "como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil." E talvez essa segunda sugestão deveria ser lida antes da primeira. Bom, falo por mim, já que 1808 está na minha mesa de cabeceira no momento.

    :D

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  2. Ótima sugestão Luisa! Ainda não li o livro mas pelo que ouvi falar me interessei bastante. Estou meio sem tempo, mas quando tiver a oportunidade quero ler 1808.
    Parece que tem um livro parecido que é meio lançamento chamado 1822, diz que tem tudo pra repetir o sucesso de 1808, vamos ver.
    Obrigado pelo comentário! Abs!

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